segunda-feira, 27 de julho de 2015

A felicidade está em descobrir o que você já tem


Quando eu decidi transformar a infelicidade com a minha vida em felicidade, há cerca de 7 anos, eu tinha algumas ideias sobre como iria fazer isso.

Eu ia acabar com as minhas dívidas e perder peso e arranjar um emprego melhor e organizar minha casa e entrar em forma e me tornar produtivo e escrever um livro.

E eu acabei fazendo mesmo todas essas coisas, e muitas outras. Foi ótimo. Elas mudaram a minha vida, e eu sou bem feliz agora.

Só que não foram essas coisas que me trouxeram a felicidade.

O que eu descobri é que eu já tinha tudo que eu precisava para ter felicidade, mas isso estava enterrado debaixo das minhas inseguranças, meu descontentamento com a vida e o meu desprezo por mim e pelo meu corpo. Eu já tinha tudo, mas esse “tudo” estava soterrado.

Você também tem tudo que precisa para ser feliz, agora mesmo. Não precisa mudar nada a seu respeito ou a respeito da sua vida. Só precisa enxergar o que já está aí.

Deixe-me mostrar o que eu descobri sobre mim mesmo, e como eu me tornei feliz.

"Faça da felicidade um hábito"

Mudando a minha vida

Quando eu decidi ser feliz, eu queria mudar a minha vida. Eu tinha uma vida ideal que queria criar, e achava que se eu criasse aquela vida eu seria feliz.

É tudo fantasia. Nós todos fazemos isso: nós fantasiamos o tempo todo com um parceiro ideal, os filhos ideais, o trabalho ideal, a casa, o carro, o computador, as roupas, as viagens, os móveis, a TV e, claro, o corpo. Se tivermos todas essas coisas ideais, esta fantasia perfeita, seremos felizes, certo?

Não. Porque, em primeiro lugar, a fantasia não tem como se tornar real. Nós podemos acreditar que estamos realizando tudo, mas a realidade nunca vai se comparar à fantasia.

Por exemplo, eu sei disso porque, ao organizar a minha casa em uma filosofia minimalista, isso não me deu automaticamente um senso de satisfação. Eu precisei aprender isso separadamente.

Mas me organizar me ensinou muito: eu aprendi por que eu não jogava coisas fora – por medo –, e também que o medo não tinha fundamento. Eu aprendi que podia ficar bem mesmo sem toda aquela falsa segurança, e que já era forte o bastante para viver a vida sem um monte de coisas desnecessárias.

Eu ainda recomendo às pessoas que simplifiquem suas vidas, mas não por causa da fantasia que você pensa que vai criar, mas simplesmente porque você acaba aprendendo coisas sobre você mesmo quando faz isso.

Quando eu perdi peso, continuei infeliz com o meu corpo. Ele ainda não era perfeito. E vamos ser honestos: ele nunca será perfeito, no sentido de se equiparar à fantasia das capas masculinas de revistas. Eu nunca vou chegar nessa fantasia.

Por outro lado, perder peso me ensinou que eu poderia curtir me exercitar e ter uma alimentação mais saudável. Eu aprendi que essas coisas não eram tão assustadoras quanto eu pensava, e que eu não precisava usar a comida como uma muleta em momentos de stress, medo, solidão e tédio.

Eu enxerguei essas verdade em todas as áreas da minha fantasia: aprendi que me esforçar pela minha fantasia nunca iria funcionar, que eu nunca “chegaria lá”, e que mesmo que eu chegasse perto, eu não estaria feliz. Mas aprendi no caminho que eu não precisava da minha antiga bagagem, e que tudo que eu precisava para ser feliz já estava em minha posse.

O que você precisa para ser feliz

E então, o que te faz feliz? O que você precisa para ter felicidade?

Você pode se esforçar o quanto quiser para ser feliz com coisas externas: casa, carro, uma companhia amorosa, comida, drogas, compras. Mas essas coisas não te tornam feliz, ao menos não por muito tempo, e quando elas não te dão uma felicidade contínua, você precisa continuar em busca de mais. A sua felicidade sempre vai depender dos caprichos dessas condições e pessoas externas.

Você também pode encontrar a felicidade interna. Pode aprender que você tem coisas incríveis aí dentro, que são bonitas se você aprender a aceitá-las pelo que são – sem tentar compará-las com alguma fantasia. Pode aprender que a vida é sempre incrível, do jeito que é, sem fantasias. Pelo fato dessa felicidade ser interna, você não se sujeita a perdê-la porque algumas pessoas não estão de bom humor ou porque eventos externos tiraram do lugar a sua fonte de alegria.

Isso significa jogar fora todas as fantasias, uma por uma. Significa olhar para dentro e aprender a estar OK com o que você vê.

Não é um processo que ocorre do dia para a noite, mas tudo de incrível já está dentro de você. Não precisa de fantasia nenhuma.

Texto originalmente publicado no site ZenHabits

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Os quatro estágios da competência em qualquer tarefa

O aprendizado de algo novo é um processo interessantíssimo, mas que muitas vezes passa despercebido pela nossa mente. Claro, ela está ocupada aprendendo o diacho daquilo que estamos aprendendo, e não com o processo de aprendizado em si.

(Aliás, se você já leu o termo “metacognição” e coçou a cabeça, saiba que ele significa exatamente isso. “Cognição” é processo de conhecer/aprender algo novo, enquanto “meta” é um termo meio complicado de explicar, usado para indicar algo se refere a si próprio. Ou seja: metacognição é “aprender a aprender”. É ir um nível mais a fundo, como naquele filme.)



Não este, mas não quero transgredir a lei interplanetária que nos manda sempre incluir uma imagem desta cena ou do Karate Kid em textos sobre treinamento

Não é bizarro, por exemplo, quando alguém faz um trabalho claramente porco e mesmo assim se posiciona como um profissional da mais alta competência? Isso enquanto há outros fazendo um trabalho bem melhor, e ainda assim amaldiçoados por inseguranças a ponto de mal conseguirem aceitar um elogio sem falarem algo como “ah, obrigado, mas ainda preciso melhorar muito”.

Posso dizer com uma certa segurança que você já viu essa cena – talvez até com você mesmo em um dos papéis principais –, e não é por eu ser capaz de enxergar através da sua alma até o seu passado. É porque esse é um fenômeno psicológico muito comum no aprendizado humano.

“A ignorância gera confiança com mais frequência do que o conhecimento.” –Charles Darwin

Do não-saber ao saber, em quatro passos

Pense em algo que você aprendeu, e hoje faz muito bem. É possível que você olhe para trás e só lembre de dois momentos: um no qual estava aprendendo, e outro no qual você simplesmente havia aprendido a maioria das coisas necessárias.

No entanto, passamos por quatro fases no caminho que nos leva do não-saber ao saber.


E a paciência para esperar o magrão aprender tudo?

1. Incompetência inconsciente

Digamos que você está aprendendo a tocar violão ou fazer drinks. Essa fase é o início da coisa toda, quando você olha alguém fazendo um drink e pensa “não pode ser muito difícil”. Você aprende a introdução de “Come As You Are” ou a base de “Que País É Esse” e já acha que está mandando bem.

Nesta fase, você acha que manja. Faz o básico do básico para realizar uma tarefa com algum sucesso e acha que, por conseguir fazer isso, já sabe. Talvez alguém no seu trabalho mal faça o que diz na sua descrição de cargo, apenas o suficiente para não ser demitido por justa causa, mas está lá, se achando o próximo candidato a sócio. Esse cara não tem consciência do quanto é incompetente, por isso ele está na fase um.

A boa notícia é que ela passa rápido. Basta a pessoa ter um mínimo de interesse na tarefa, e o segundo estágio logo começa.

2. Incompetência consciente

Para a maior parte das pessoas, essa é a parte crítica. Tocar Legião Urbana e Ramones já não parece suficiente. Você se dá conta de que fazer só o arroz-e-feijão da sua função não vai te levar muito longe nem te fazer merecer um aumento. Então o que você faz? Se dedica a aprender mais.

Você pesquisa, se informa, observa, e logo chega a uma conclusão dolorosamente óbvia: tem literalmente uma caralhada de coisas que você ainda não sabe e precisa aprender.

O peso dessa constatação é provavelmente a causa número um da desistência de aprender habilidades novas e não-essenciais, como música, culinária, mixologia, sexo oral avançado etc.

Sendo assim, a maneira mais confiável de avançar para a próxima fase é talvez a mais contra-intuitiva: fazer mais para errar mais; errar mais para aprender mais.


Persevera e triunfarás

3. Competência consciente

Eis que as coisas começam a fazer um pouco mais de sentido. Você finalmente aprendeu o que precisava. Mas não sem um esforço consciente para acertar e fazer direito.

Aquele solo do Led Zeppelin finalmente soa bem. Mas você precisa olhar para a guitarra enquanto o executa, e geralmente toca com a língua para fora, no canto da boca.

Aquele drink ficou bonito e gostoso, e as pessoas te perguntaram onde você aprendeu, te elogiaram e pediram a receita, mas você o preparou meticulosamente na cozinha da sua casa, dosando cada ingrediente com muito cuidado e relembrando cada passo do preparo. Se estivesse em um bar, as pessoas teriam jogado pedras de gelo em você pela demora.

Você até consegue escrever um texto decente sobre os quatro estágios da competência, mas não sem reler, reescrever e repensar cada trecho meia dúzia de vezes antes de publicar.

4. Competência inconsciente

Nessa fase, você é o Jimmy Page. O Dr. Drinks. O Saramago.

Você de fato aprendeu. Sua habilidade é natural. Não é necessário esforço algum para atingir um resultado ótimo. Aquele solo bem feito que você fazia com a língua de fora no quarto, agora você faz para um público de milhares enquanto fuma um cigarro e paga de gostoso com o cabelo na frente dos olhos e o pé no amplificador. Você é foda.

O problema é que esse estágio de competência obviamente não chega para todos. É preciso muita dedicação e muito tempo de treino. Quanto tempo? Tem gente que fala em umas 10.000 horas.
* * *

Como tudo na vida, o aprendizado é um caminho. Esse é o mapa de apenas uma das estradas que você pode se enxergar percorrendo. Há outros modos de enxergar o processo de aprendizagem, com certeza, mas para este texto resolvi focar nesta visão.

Dentro disso, gostaria de saber: o que você anda aprendendo? Em que estágio está? O que precisa fazer para passar ao próximo? Mais importante: está fazendo isso?

Se quiser dar mais uma lida a respeito:
Four stages of competence
Dunning-Kruger effect
Illusory superiority

fonte: http://www.papodehomem.com.br/os-quatro-estagios-da-competencia-em-qualquer-tarefa/

terça-feira, 21 de julho de 2015

A paixão é uma bad | Autópsia Filosófica #1

“Pô, galera, eu acho que a paixão é uma bad…”

Esta semana alguém comentou isso no meio de um papo na Cabana. Eu achei esse comentário engraçado, curioso, espirituoso. E achei que fazia bastante sentido. Eu também acho que paixão é uma bad.

Digo, se entendermos paixão como sendo um sentimento forte de desejo/apego por alguma pessoa (poderia ser também por uma atividade, objeto, evento, ação), enquanto isso for correspondido e enquanto existirem todas as causas e condições para essa paixão ser fruída sem travas, isso sem dúvidas é algo agradável, gostoso, animador, muito bom de se experimentar.

Agora, se somos impedidos de alguma forma de fruir essa paixão, ou se ela não é correspondida na medida que esperamos, aí, bom… aí é uma bad, mano. E é a cama pronta pra todo o tipo de merda rolar: ansiedade, expectativa, orgulho, sensação de traição (ela não se sente ou se comporta como eu sinto que deveria), controle (através de dinâmicas de domínio ou submissão, tanto faz), agressividade, raiva, depressão etc.

Se olharmos com maior cuidado e vermos que não é possível manter condição alguma por tempo indeterminado, então adivinhamos que garantidamente haverá algum nível de aflição em qualquer relação onde houver algum nível de desejo/apego. E que isso possivelmente diga respeito todas as relações (ditas) amorosas.
Link Vimeo | É uma televisão falando, mas poderia ser uma pessoa apaixonada.

O papo seguiu, e alguém comentou algo assim:
“Acho inevitável a noção de que cedo ou tarde, com isso ou aquilo, haverá apego, posse, desejo e outras coisas que compõem o campo semântico da paixão.

Então, por mais que possa ser encarado como algo ruim, também é algo inevitável. A impressão que fica é que, por oferecer oportunidade pras pessoas se foderem, por causa dessa noção de que pouca gente tem estrutura pra isso, a escolha lógica parece ser se afastar.”

Bom… Não sei.

Sei que há a prática do afastamento. Em algumas tradições o afastamento é for life, e noutras é mais como uma medida provisória. A pessoa se retira por um período – que pode variar – de situações com potencial muito grande para gerar confusão (como relações amorosas/sexuais). Ela toma votos, faz resoluções, gera disciplina, aplica os métodos, desenvolve alguma capacidade de andar pelo mundo sem causar e sem ser pego por tanta confusão, e então se reintroduz. E pode-se fazer isso periodicamente, treinando visão e clareza mental, exatamente como quem treina um instrumento ou um esporte.

Sei também de tradições e métodos onde há a prática de se desenvolver essa habilidade sem se retirar, pelo meio da confusão mesmo. Esta é dita como sendo bem mais difícil, mas também mais poderosa, rápida, eficiente.

Há também quem entenda que as relações amorosas/apaixonadas/de casal demandem dedicação muito grande, e que esse mesmo tempo e energia poderia ser investido em outras coisas tidas como mais interessantes ou úteis. Temos muitos exemplos assim entre filósofos, cientistas, artistas, contemplativos, etc. Pessoas que simplesmente se interessam mais por coisas e atividades além ou diferentes das que temos por habituais. Mohandas Gandhi, por exemplo, sentia que era justo e imperativo dedicar todo seu tempo e energia pra atender as necessidades de muitas outras pessoas, mais do que as dele mesmo e da sua esposa. E ele de fato apostou nisso. O resto é história.

E mesmo nós, meros mortais, conseguimos em alguma medida ver as coisas surgindo e escolher quais abraçar e quais não, ou com que dosagem vamos nos envolver. E muitas coisas, a maioria delas, sabemos que é melhor não abraçar. Com algumas conseguimos fazer isso, e com algumas não. Ainda assim já fazemos estas escolhas o tempo todo, tanto que estamos vivos e funcionais.


“Mas eu vejo aí uma outra tentativa de controle, só que sofisticada, mais inteligente, com um pouco de arrogância até.”
Não vejo problema em exercer controle. Vejo problema em: 
  • Controlar para a satisfação de aspirações muito autocentradas, com habilidade e visão limitadas e; 
  • Controlar com esperança/ansiedade/expectativa ao resultado – perturbações que viriam do controle motivado por autocentramento. 
Então, o problema na verdade nem seria com controle, mas com uma motivação baseada em autocentramento. E é um problema não porque é moralmente errado, mas porque ações motivadas por grande autocentramento tem maior potencial de causar danos do que de causar benefícios para nós mesmos e às pessoas ao redor.

Exercer controle com motivação apropriada e visão ampla é bom. Vidas são salvas e melhoradas assim, o tempo todo. E este raciocínio inclui os esforços de controle que exercemos sobre coisas como nossa saúde, corpo e qualidade de vida, por exemplo (nos alimentamos regularmente, buscamos conforto térmico, nos limpamos, pilotamos aviões, agendamos reuniões, fazemos cirurgias), e mesmo aqueles mais sutis, que exercemos ao produzir e usar linguagens, códigos de comportamento, ao nos comunicarmos, e todas as coisas que fazemos para conferir sentidos que não existem originalmente no mundo. Estas operações já são o resultado de nossa ansiedade por controle.



Comparações com psicoativos à parte, a existência de desejo/apego é condição necessária pra haver uma relação apaixonada – como são pra surgirem experiências aflitivas em geral. Sem uma coisa, não há outra. E faço isso mais como uma constatação particular mesmo – como faria para “se sairmos na chuva, vamos nos molhar” – e como sugestão de algo sobre o que pensar.

Então, antes do provável furor, deixo claro que não há julgamento de valor nisso. Não acho que se relacionar é algo ruim – talvez a nossa habitual inaptidão o seja, e o fato de que frequentemente achamos normal e bom colocar nossas relações na dependência exclusiva da tal paixão.

E não estou dizendo pra virarmos santos celibatários. Longe disso. Não queria sugerir soluções aqui. Só desconfio que podemos aprender a nos relacionarmos de um jeito melhor, menos sofrido. E penso que encontrar um jeito de fazer isso é o problema constante, inevitável e inadiável de cada um.

fonte: http://www.papodehomem.com.br/paixao-e-uma-bad/

quinta-feira, 2 de julho de 2015

The $1.99 Noodley Beverage Boat

[Note from Jonathan, If you think this is cool, check out my iPhone enabled / Intercom / video chat doorbell] http://www.instructables.com/id/Home-9000-The-ULTIMATE-Doorbell/

Living in Las Vegas, and spending so much time in the pool has taught me, you need to keep drinking, to stay hydrated, and the liquid should be cool.

(Notice I am not saying *WHAT* Liquid)

Having a cooler full of ice, and liquid is fine, But It needs to sit BY the Pool,
so to get a drink I have to leave the pool, trek over hot decking, get my drink, head back into the pool, set my drink on the hot deck, while I am in the water, or swim with my drink.

Now I have seen some of the floaty drink holders in the Pool stores $34.00 holds 4 drinks .. BAH!

I don't understand why there is no "floating ice chest" that holds 10-15 can's or bottles with enough ice to keep them cold for a few hours..

Well, THIS IS INSTRUCTABLES ... SO ... I PRESENT ...

The $1.99 Noodley Beverage Boat


Seeking inspiration, I went to the Local .99 cent store, and bought a pool noodle (basically its a kinda fibrous floating material) a medium sized plastic storage container (with a locking lid) and some waterproof nylon rope.

Cut the Noodle into 4 pieces (Two Long, and two shorter) Used the rope to tie them all together, and wrapped the noodle and rope around the lid of the plastic container.

Took my project to the pool, for first test; filled the container with water, placed it in the pool, then jumped it and tried to capsize it.
(with no success) then drained out the water, added Ice, and cold sodas and beer, placed back in the pool ...

[Editors note, I "TOFTT" here, to make sure that the beverages stayed cold, and did not spill, no matter how many I drank, It was a hazardous and dangerous risk, not only to myself, but to my bladder]

fonte: http://www.instructables.com/id/The-199-Noodley-Beverage-Boat/